O tomate é um dos frutos mais populares e consumidos em todo o mundo. Só no Brasil, cada habitante consome em média 4,2 kg do fruto por ano. Com sua grande variedade de usos e sabores, ele é cultivado em grande escala em muitos países. No entanto, como qualquer outra planta, o tomateiro é suscetível a uma variedade de doenças e pragas que podem comprometer sua saúde e produtividade.

Conheça as doenças mais comuns do tomateiro e como combatê-las de maneira preventiva, é essencial para manter suas plantas saudáveis e produtivas. Neste artigo, vamos discutir as cinco doenças que mais impactam a saúde e desenvolvimento do tomateiro.

 

Tuta absoluta (Traça-do-tomateiro)

Tuta absoluta, também conhecida como traça-do-tomateiro, é uma praga que afeta principalmente plantas de tomate, mas também pode afetar outras plantas da família Solanaceae, como a batata e a berinjela. A Tuta absoluta é originária da América do Sul, mas já está presente em muitas partes do mundo, incluindo a Europa, África, Ásia e América do Norte.

A Traça-do-tomateiro pode ocorrer durante todo o ano, mas o seu impacto é mais significativo em períodos de clima quente e seco, especialmente em regiões com produção intensiva de tomate. As plantas mais afetadas pela praga são aquelas em fase de crescimento vegetativo e frutificação, com destaque para as mudas e plantas jovens.

Lagarta e traça-do-tomateiro já em idade adulta. Fonte: Embrapa

 

As larvas da Tuta absoluta se alimentam das folhas, caules, botões florais e frutos do tomateiro, o que pode levar à perda de produção e qualidade do fruto.

 

Danos da traça-do-tomateiro nos frutos e folhas do tomate. Fonte: Embrapa

Controle Químico da Traça-do-tomateiro

O controle químico da Tuta absoluta é realizado através da aplicação de inseticidas específicos para o controle da praga, incluindo piretróides, organofosforados, carbamatos, neonicotinóides, entre outros. As aplicações podem ser realizadas por meio de pulverizações nas plantas. É recomendado que as aplicações sejam feitas de forma preventiva, antes da infestação da praga, ou no início do ataque, para evitar maiores danos à cultura e à produtividade. É importante lembrar que o controle químico deve ser aliado a outras medidas de manejo integrado de pragas, como o controle biológico, monitoramento, vazio sanitário, entre outras medidas, para garantir um controle eficiente e sustentável da Tuta absoluta.

Controle Biológico e Cultural da Traça-do-tomateiro

O controle biológico da Tuta absoluta envolve o uso de inimigos naturais da praga, como parasitóides e predadores, para reduzir sua população e evitar os danos causados à cultura. Esse método pode ser mais eficiente a longo prazo.

Entre os principais parasitóides utilizados no controle da Tuta absoluta, está o Trichogramma spp.,  uma microvespa que localiza no campo os ovos dos hospedeiros e, neles, depositam seus ovos, interrompendo o desenvolvimento da praga.

Os predadores são insetos que se alimentam diretamente da lagarta da Tuta absoluta. Entre os principais predadores utilizados no controle da praga estão a vespa predadora Macrocentrus ancylivorus, a joaninha Harmonia axyridis e algumas espécies de aranhas. É importante ressaltar que o sucesso do controle biológico depende de vários fatores, como a escolha correta das espécies de inimigos naturais, a qualidade e a quantidade das liberações, a integração com outras medidas de controle, e a manutenção de um ambiente favorável para o desenvolvimento dos inimigos naturais. Além disso, o controle da cultura, por meio da remoção e destruição das partes afetadas, é fundamental para reduzir a infestação da doença no seu tomateiro.

Broca Pequena

A “Broca Pequena” ou “Broca do Fruto” de nome científico Neoleucinodes elegantalis, é uma espécie de mariposa muito comum na América Latina e é bastante comum nas áreas produtoras de tomate no Brasil.

 

Praga-inseto Broca Pequena. Fonte: WikiPédia

 

A Broca Pequena é um inseto que ataca o fruto do tomateiro, causando danos que comprometem a qualidade e a produtividade da cultura. A praga pode causar perfurações nos frutos, com a presença de galerias e larvas em seu interior, uma vez que se alimenta da poupa do fruto, além de favorecer a entrada de fungos e bactérias que podem provocar o apodrecimento do fruto.

 

Controle da Broca Pequena

Como a Broca Pequena permanece dentro do fruto durante o período inicial de desenvolvimento das sementes, é importante realizar o monitoramento constante da cultura do tomate. O ciclo de ataque é curto, cerca de 5 dias após a eclosão dos ovos.

Dessa forma, é importante realizar a pulverização de inseticidas biológicos à base de Bacillus thuringiensis nas flores e frutos logo a partir do florescimento e em conformidade com as análises de monitoramento empregadas na cultura do tomateiro.

 

Tripes 

A tripes é uma praga que pode afetar diversas espécies de plantas. A pressão é maior em períodos quentes e secos. Tripes transmite uma das principais doenças do tomateiro: o “Vira-Cabeça”.

Os sintomas incluem a presença de manchas mosqueadas nas folhas, bem como o enrolamento das mesmas. Além disso, os frutos do tomateiro podem apresentar manchas, deformações, como cicatrizes e rachaduras.

Foto: Embrapa

Combate

Para o combate da tripes, é recomendado manter a plantação saudável e livre de condições favoráveis ao seu desenvolvimento, e estar atento aos primeiros sinais de infestação. É preciso que o campo esteja limpo e livre de plantas daninhas, para evitar que os tripes se escondam nas folhas. Também é importante retirar e destruir as plantas infectadas assim que for detectado o problema.

O uso de armadilhas adesivas amarelas para capturar e identificar a presença dos insetos é útil, bem como a introdução de inimigos naturais dos tripes, como ácaros predadores, crisopídeos e joaninhas, para controlar a sua população.

Também pode ser necessário utilizar pesticidas químicos. Consulte um profissional para selecionar o pesticida adequado e siga as instruções de aplicação.

Outro método eficiente é fazer uso de cultivares com alta tolerância. Acesse o site da Blueseeds, na aba produtos e conheça o portfólio dos tomates, que possuem amplo pacote de tolerâncias.

Mosca minadora

Mosca-minadora adulta. Foto: Embrapa

A mosca minadora (Liriomyza spp.)  também conhecida como mosca das folhas, é uma praga comum em plantas ornamentais, hortaliças e frutas. As moscas adultas depositam seus ovos nas folhas das plantas hospedeiras, e as larvas eclodem e se alimentam do tecido vegetal entre as camadas da folha, criando túneis ou “minas” que podem prejudicar o crescimento e a saúde da planta.

 

Os sintomas de infestação incluem folhas amareladas ou esbranquiçadas com linhas sinuosas ou marcas em zigue-zague. À medida que a infestação avança, as folhas podem secar e cair da planta.

Dentre os principais impactos no tomateiro, uma das produções mais afetadas por essa doença, estão a redução da capacidade da planta de realizar a fotossíntese e produzir energia para crescer e frutificar, deformações nos frutos afetando negativamente a qualidade dos tomates, tornando-os menos atraentes e menos valiosos no mercado, bem como a fácil disseminação entre uma planta e outra.

Combate

Existem várias formas de combater a mosca minadora em plantas de tomateiro, uma delas é o controle natural, por meio de insetos predadores que possam ajudar a controlar a população do inseto.

É recomendado manter a plantação limpa, livre de folhas e detritos caídos no chão, que podem servir de abrigo para as moscas minadoras.

Outro método tracidicional e eficiente é o uso de inseticidas químicos.

 

Mosca branca

A mosca branca é um inseto da família Aleyrodidae, encontrado em todo o mundo. Ela é chamada de “mosca branca” devido à sua aparência branca ou amarelo-pálida, e é frequentemente confundida com um pequeno mosquito. As moscas brancas são pragas comuns em muitas culturas agrícolas, incluindo o tomateiro.

Medem cerca de 1,5 mm a 3 mm de comprimento e possuem asas brancas e delicadas, que são mantidas planas sobre o corpo quando em repouso. As larvas das moscas brancas são achatadas e escamosas, com cerca de 1 mm de comprimento, e são geralmente encontradas na face inferior das folhas.

A mosca branca se alimenta da seiva das plantas, perfurando as folhas com sua probóscide (tubo bucal alongado) e sugando a seiva. Isso pode enfraquecer a planta, diminuir a capacidade de fotossíntese e levar à formação de manchas brancas nas folhas, sendo os resíduos deixados pelas moscas brancas.

Além de causar danos diretos à planta, elas também podem transmitir doenças virais de uma planta para outra, chamado de “geminivírus”, o que pode ser devastador para o tomateiro.

Combate

Lembre-se de que a prevenção é a melhor forma de controle da mosca branca. Monitore regularmente a plantação, use cultivares com alta tolerância e tome medidas precoces para controlar a praga. Exemplo de fungos para o controle, são a Beauveria spp., que age colonizando internamente a praga e liberando toxinas no interior do inseto, reduzindo sua mobilidade até a morte. Outro controle biológico é a vespinha Encarsia formosa, que parasita as larvas da mosca branca, e a Joaninha, que se alimenta de moscas brancas adultas.

As armadilhas adesivas amarelas podem ser usadas para monitorar a presença das moscas brancas na plantação.

 

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O combate às doenças do tomateiro deve ser pensado preventivamente, utilizando-se cultivares com alta tolerância, aliado ao Manejo Integrado das Pragas (MIP), por meio do monitoramento e aplicação das técnicas adequadas em cada caso específico. Em todos os casos de doenças do tomateiro mencionadas, o controle na fase inicial é imprescindível.

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